domingo, 16 de setembro de 2007

Editorial

Nervoso miudinho. Primeira edição. Façamos as devidas apresentações. O “À Letra” é um jornal pensado e posto em prática por alunos de Jornalismo e Ciências da Comunicação. Um jornal para ser distribuído sobretudo internamente e, por isso, todos os conteúdos são pensados em função do público alvo.

Vamos tentar cumprir as funções do bom jornalismo: informar e explicar. Vamos também tentar chamar-vos para dentro do jornal, para interagirem com as nossas peças. Vamos criar um blogue, no qual vamos explorar outros formatos multimédia mais apelativos. Vamos estar atentos a tudo que corra o risco de passar despercebido. Vamos tentar fazer a ponte com outras Universidades para, assim, estimular a pro-actividade que nos deve caracterizar.
Somos massa jovem. Enérgica. Somos preocupados e queremos saber o que se passa. Por isso, quisemos preencher uma lacuna e criar o jornal oficial da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).

Os dias vão-se encurtando. Abandonam-se as praias e os jardins. O Verão começa a despedir-se e a vida académica a tomar contornos, ainda que leves. Chega-se à faculdade, às quatro paredes, novas para uns, habituais para outros. Matrículas, papéis, propinas, caras novas, caras de sempre.

“Só queria saber se queres pertencer à praxe.” Uns dizem que sim, outros dizem que não. Uns abandonam logo nos primeiros dias, outros eternizam a tradição. A Baixa nestes primeiros meses forra-se de caloiros e doutores que ensinam, religiosamente, os mandamentos. Caras pintadas, roupas sujas e cânticos apegados à faculdade que representam.

Vão-se dando as primeiras passadas na vida universitária, que se vê agora reduzida a três anos.
Bolonha bateu à porta e entrou de vez. Cursos de cinco anos que passam para três? Complicações? Com toda a certeza. Professores e alunos ainda não sabem bem o que os espera. A tarefa não vai ser fácil, pois nem mesmo serviços como a secretaria sabem dar as respostas que os alunos pretendem.

O início de um ciclo é sempre conturbado. É pautado pelo desconhecimento e pela vontade sôfrega de tudo querer. Com todos estes ciclos a serem delineados, não se podem fazer prognósticos.Estamos todos numa fase embrionária. É esperar para ver, de olho atento e bloquinho na mão.